lunes, 15 de junio de 2009

PAVILHÃO CICCILLO MATARAZZO



O PARQUE DO IBIRAPUERA

O Pavilhão da Bienal é um dos elementos, que compõem o complexo de palácios, museu, ginásio e etc. do Parque do Ibirapuera, que é o mais importante parque urbano paulistano e possivelmente, do Brasil.
Seu projeto foi idealizado, para fazer parte das comemorações dos quatrocentos anos da cidade de São Paulo, porém, este só veio a ser inaugurado sete anos depois da data comemorativa por diversos problemas políticos, financeiros e projetuais.
Oscar Niemeyer foi o responsável pelo projeto arquitetônico e o engenheiro agrônomo Otávio Augusto Teixeira Mendes, pelo projeto paisagistico construído. Atualmente, parque abriga grandes eventos expositivos, esportivos, além de ser um grande ícone dos centros verdes urbanos no Brasil.


Vista aérea do parque do Ibirapuera


O EDIFÍCIO E A ANÁLISE

Feito inteiramente em concreto, aço e vidro, este projeto é um representante da característica funcionalista e modernista do arquiteto, sem que ele tenha esquecido da plasticidade.
O térreo do Pavilhão da Bienal possui um grande vão livre, que tem a função de conectar o edifício ao parque.


Vão livre do térreo

O Pavilhão Ciccillo Matarazzo supreende com o contraste entre o externo, e sua sóbria e formal fachada em vidro protegido por brise soleirs, e o interno, com uma uma grande riqueza na dinâmica do interior, expresso no contorno das rampas, que quebram a disposição dos pilares cilíndiros dispostos a cada 10m.


Fachada com brises seleirs


Grande vão com pilares dispostos a cada 10m

Há contraste também, quando analizamos a planta do Parque do Ibirapuera, seus traços orgânicos e sinuosos e os ângulos retos da planta do pavilhão Ciccillo Matarazo, caracterizando uma contradição à configuração geral do parque.


A sinuosidade do parque e as formas puras das edificações


O desenho das rampas


Pavilhão da Bienal de São Paulo.

A planta é um retângulo sem disfarces e compõe um espaço com ótima fluidez, graças a formação de imensos vão livres, rampas sinuosas e amplas aberturas nas vedações externas, que proporcionam uma sensação de amplitude nos 4 pavimentos da edificação.


O vão e o vidro


O recorte interessante da circulação vertical



CONCLUSÃO - COMPARAÇÃO

Os amplos espaços internos do Pavilhão da Bienal em São Paulo são devido ao programa e uso do local, que é destinado à exposições diversas. Logo percebe-se que sua configuração externa é um resultado do que fora proposto internamente para o edifício. O que condiz com as caracteristicas do estilo moderno descritas no por Venturi, pois de acordo com ele os edificios devem ser pensados de dentro para fora, já que a funcionalidade e racionalidade deve prevalecer nas contruções. Já a Casa da Cascata é diferente, pois ela é pensada de fora para dentro. Mas é importante citar que ambas as construções não apresentam complexidades extremas internamente, salvo as sinuosas rampas do Pavilhão da Bienal.
A Casa da Cascata apresenta uma ilumiação com uma mistura de claros e escuros, o que dá uma idéia de caverna àqueles que a visitam, enquanto que o Pavilhão de São Paulo é completamente iluminado por conta das grandes janelas que se abrem nas fachadas. As aberturas das janelas servem como elementos conectivos entre o interior e o exterior de edificações, o que muitas vezes não ocorre na casa da cascata, que tem uma simbologia mais intimista.
A geometria dos edifícios são diferenciadas, já que uma apresenta linhas retas e o outro se apresena como uma decomposição de planos horizontais e verticais. Além disso, enquanto o Pavilhão é apenas um bloco, a casa é a soma de diversos blocos diferenciados.

1 comentario:

  1. Boa tarde.
    Não sei se você poderá me ajudar, mas preciso fazer uma maquete do MAC Ibirapuera desde pavilhão, mas não consigo encontrar medidas, planta baixa, nada que me ajude a fazer a maquete que deve ser em escala, e não por aproximação.
    Se houver algum material que você possa me mandar que me ajude nisso, eu agradeço muito!
    Obrigada.

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